julho 20, 2008

Reflexões

Ultimamente tenho pensado muito nos inimigos que conquistamos pelo caminho...

Mas, não!... Não pensem que estou me referindo aos inimigos que fizemos ao longo da vida por não saber agir para com eles como nos foi ensinado: "Faze ao outro apenas o que gostaria que a ti fosse feito", ou: "Ama a teu próximo como a ti mesmo"...

Para com estes, certamente, o tempo nos dará a oportunidade de consertar os estragos feitos pela nossa invigilância e, caso sejam eles bem melhores do quenós, talvez já nos tenham perdoado... Se não, também estão a espera do tempo em que o perdão os libertará de nós.

Mas ando preocupada com os inimigos que não estão declarados, que não estão catalogados na nossa lista encabeçada pelo título "A Reparar".

Estou preocupada com aqueles que se escondem nas dobras e nos labirintos da nossa consciência e que nem sempre deixamos que se mostrem para que os combatamos, frente a frente, cara a cara.

Muitas vezes, pasmem! Nós até os transformamos em nossos heróis!
É verdade!!!!

Quantas vezes pegamos um deles e vestimos sua máscara e nos lançamos, qual Cavaleiros da Triste Figura, qual Dom Quixotes, a combater os moinhos de vento da nossa imaginação, em busca de uma justiça nem sempre justa, em busca de uma justiça que corrobore um pensamento que permitimos ser aprisionado na cela do nosso orgulho...

Nestes eventos, não estamos em busca daquela justiça que ama a VERDADE, aquela justiça que não se corrompe porque honra a sia mesma.

E isso deve nos preocupar porque as ações deste Quixote, no qual algumas vezes nos transformamos, fere o coração de inocentes, mas faz muito pior. - Avilta-nos como espíritos que somos, tirando-nos o respeito daqueles que nos observam e que conseguem enxergar nossas atitudes "quixotescas".

Talvez que dentre estes inimigos internos, um dos piores que podemos conquistar para nós mesmos seja aquele que nasce quando suspeitamos, julgamos e condenamos, apenas baseados na hipótese ou na "intuição", hipótese ou "intuição" alicerçadas na prevenção, na animosidade ou na antipatia.

Que pior inimigo podemos conquistar do que um ato de injustiça por nós
praticado?

Aquele que é alvo dessa injustiça, sempre baseada em suposições e não em fatos, pois se houvessem fatos não haveria injustiça, poderá até nos perdoar, mas muita água correrá pelo rio da existência espiritual até que possa ele nos ver e, novamente, confiar em nós, como amigos.

Quando a desconfiança nos visitar e não trouxer com ela as provas irrefitáveis do erro de alguém, que tenhamos a sabedoria de calar ate que estas provas venham ter a nós ou de silenciar para sempre, quando essas necessárias comprovações surgirem.

Se a Lei humana reza: "Quando em dúvida, pró réu", como nos posicionaremos ante a Lei Divina ao condenar sem provas, estando, portanto, "em dúvida"?

Reflitamos sobre isso para não alimentarmos em nós esse duro e triste inimigo de nossa consciência, de nossa evolução, de nossa felicidade:

A Injustiça
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Esse belíssimo, profundo e importante texto é da minha amiga Leila que me permitiu postar aqui.