julho 11, 2008

Amor é vida


A vida é sempre bela
para quem se apresenta sorrindo.

Há tantos desertos no mundo,
cheios de areia e vazios de vida.
No deserto de areia e de pedras
o viajante é atraído pela esperança de um oásis
onde poderá encontrar água,
árvores com frutos e sombra.

Na vida há muitos corações desertos e almas estéreis,
vazios de amor e sem alegria.

O oásis dá vida e esperança a um deserto de pedras
e de areia.
A alegria dá vida e esperança a um coração abandonado.

Seu sorriso de alegria será sempre um oásis
que conforta e reanima aqueles
que vivem abandonados no mundo,
caminhando sozinhos pelo deserto da vida sem amor.

Num mundo de ódio, de dor e de tristeza,
você está convidado a sorrir com amor e com alegria.

Observe como as plantas estremecem,
vibram e se agitam ao menor sopro da brisa.

Um sorriso de bondade é um sopro suave
da brisa do amor que faz estremecer os corações
e vibrar as cordas mais íntimas da alma.

Nas dunas do deserto, os grãozinhos de areia
desconhecem o repouso;
impelidos pela força do vento,
eles se movem, se ajuntam
e se espalham.

Mas se cair a chuva,
a areia umedece, paralisando a vida
e o movimento dos grãozinhos úmidos.

E quando o sol reaparece com o calor de seus raios,
a areia torna-se novamente seca
e os grãozinhos fininhos voltam a caminhar.

É a vida do homem.
Se o amor desaparece, a alegria pára,
enfraquece e a vida perece.
Mas se o sol do amor torna a brilhar,
a alegria se reanima e torna a viver.

O que você espera para começar a iluminar
a vida com o sol de sua alegria?

Aprenda a sorrir alegremente
e a luz de seu sorriso há de alcançar
e iluminar os tristes, os abandonados,
os que choram desesperados
ou que se debatem desorientados.

Siga pelo caminho da vida
semeando flores de alegria.

Plantamos flores no jardim,
colocamos flores na janela da casa,
com flores enfeitamos as casas,
as igrejas e os salões de festas.
Uma casa cheia de flores
é um lar cheio de vida.

Assim como as flores dão vida e beleza a uma casa,
o sorriso dá encanto e beleza a uma vida.
Por isto é que se diz:
"Manter um sorriso nos lábios
é pôr flores na janela da casa."

(Frei Anselmo Fracasso)

julho 10, 2008

O Amor


A exteriorização do psiquismo divino pode ser considerada como o Amor que tudo cria e vitaliza.

Por essa razão, o Apóstolo João afirmava que Deus é amor.

No universo, ele se expressa como a força da atração e reação gravitacional, manifestando-se em diferentes leis que sustentam o equilíbrio das Galáxias.

No reino mineral, ele é a energia que aglutina as moléculas e as mantém unidas, Aparentemente insensíveis, nas quais dormem os elementos vitais, que desabrocharão na sucessão dos milênios.

No reino vegetal, encontra-se como a sensibilidade embrionária, que desperta, a pouco e pouco, adquirindo os pródomos das porvindouras sensações.

No reino animal, converte-se na percepção e conquista do instinto que preserva a vida, estabelecendo os primeiros vínculos sociais, gregários, em grupos, em sociedades da mesma espécie, antecipando os passos do porvir.

No reino hominal, é o sentimento que se expande, manifestando- se em forma de proteção no clã: maternal, paternal, fraternal, nacional, para generalizar- se na comunidade, em ensaios eloqüentes para o universal...

Sem o amor, a vida não existiria, e, mesmo que a Lei da Criação estabelecesse os fenômenos vitais, faltaria o élan de sustentação das formas e dos seres existenciais.

Quando o amor vige, tudo respira paz, e a alma dos homens e das coisas adquire beleza, crescendo para a plenitude.

Na montanha, o canto das bem-aventuranças, proferido por Jesus, é o mais belo poema que a Humanidade jamais escutou, em forma de exaltação da verdade, da justiça, dos valores morais, das virtudes. No Calvário, porém, cuja trajetória tem início na entrada triunfal em Jerusalém, o Mestre viveu-o intensamente, por conhecer a imaturidade psicológica e evolutiva daqueles que O aplaudiam, a princípio, para depois O levarem à Crucificação.

O amor impregnou-Lhe a vida em todos os momentos do mistério, tornando-O, então, o símbolo mais perfeito de que se tem notícia, a respeito desse hálito da Vida, que é o Amor.

Nas estradas da Úmbria, em renúncia comovedora, Francisco de Assis desfraldou a bandeira do amor e penetrou-se desse sentimento, de tal modo que se casou com a senhora pobreza, tomando, como seus irmãos, os animais, as águas, o Sol, a Lua, a natureza, que decantou em hinos de incomparável beleza. Na solidão da Porciúncula, onde morreu, foi o amor que irradiou que o tornou mais sublime símile do Amigo Divino, a Quem imitava.

Nos dolorosos testemunhos das enfermidades, Teresa de Ávila encontrou no amor do Mestre, o seu divino noivo, a força, a coragem e a esperança para ser fiel ao mandato de abnegação, tornando-se sábia e exemplo da plena comunhão com o pensamento do seu Amado.

Pasteur, por amor à Humanidade, entregou-se aos exaustivos labores de pesquisa, e libertou os seres de males e misérias que os dizimavam.

Marie Curie, vitimada pelo câncer contraído nas experiências radioativas, prosseguiu, abnegada, e abriu à Física Nuclear horizontes dantes jamais sonhados, por amor à Ciência.

Miguel Ângelo interpretou em cores as visões transcendentes, com sacrifícios e sob incompreensões terríveis, por amor à arte.

Dante, por amor a Beatriz, compôs a imortal Divina Comédia, colocando em cantos de incomum beleza as visões psíquicas de que era objeto, para engrandecimento dos homens.

O amor está presente em tudo - sem sua vigência se volveria ao caos da origem, que o Amor organizou e deu direcionamento.

Somente quando se ama é que se alcança o fanal da existência.

Quando o ser humano permitir que o amor o ilumine e o mantenha, alcançará o patamar da angelitude e avançará com segurança no rumo do Divino Amor.

Assim sendo, o amor é a expansão do Divino Psiquismo, e sem ele nada existe.

[Joanna de Ângelis]
[Divaldo Franco]
[Sob A Proteção de Deus]
[Editora LEAL]